3 de ago. de 2011

PEREGRINAÇÃO À TERRA SANTA


Lugares do Ministério de Jesus em Jerusalém


Jerusalém - Cidade Santa


“Que alegria quando me disseram: “Vamos para a casa do Senhor!” Os nossos passos se detêm às tuas portas, Jerusalém!”
(Sl 122, 1)

Vindos das montanhas do deserto da Judeia, árido, vazio, atravessamos um túnel por baixo do monte das Oliveiras, e eis que surge, branca e reluzente, a cidade de Jerusalém. Amor à primeira vista.
Perante a visão clara e imensa de tão bela cidade, parece ouvir-se no ar o suster de respiração dos peregrinos da Antiguidade, quando chegavam depois de tão longa caminhada e se maravilhavam ao ver a Cidade Santa.


Muro Ocidental (das Lamentações)


“Quem poderá, Senhor, habitar no teu santuário?
Quem poderá residir na tua montanha santa?”
(Sl 15, 1)

Muitos se aglomeram para poder tocar o Muro que albergou, em tempos, a Arca da Aliança, o Santo dos Santos, e deixar a sua prece num papel, ou simplesmente, a sua meditação. É um momento de silêncio, no meio de todo o ruído da multidão.


Cenáculo – Monte Sião



À entrada do edifício onde fica o Cenáculo, local provável da Última Ceia de Jesus com os seus discípulos, uma estátua do Rei David acolhe-nos, tocando um salmo que se ouve apenas na nossa imaginação. A sala tem o tecto elevado e é feita de pedra, com colunas que lhe conferem um estilo imponente. Neste espaço, Jesus teria lavado os pés aos discípulos, neste espaço teria sido a primeira Eucaristia, neste espaço Jesus renova a Aliança com o Mandamento do Amor, cujo exemplo máximo se realiza na vida que oferece por nós na cruz.

“Isto é o Meu Corpo que vai ser entregue por vós;
fazei isto em Minha memória.”
(Lc 22, 19)




Capela Dominus Flevit – Monte das Oliveiras


“(…) ao ver cidade,  a Jesus chorou sobre ela e disse: “Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz!”
(Lc 19, 41-42)

Onde Jesus chorou… sobre uma cidade santa corrompida pela ganância dos homens. Sobre uma cidade que não O reconheceu, que não acolheu o Senhor que a visitou. Será algum dia Jerusalém uma cidade de paz, uma cidade onde povos e religiões diferentes se encontrarão e conviverão sem conflitos, no respeito e ajuda mútuos?


Getsemani – Monte das Oliveiras


“Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,
 faça-se a Tua vontade!”
(Mt 26, 42)

As oliveiras milenares do Getsemani erguem-se e olham-nos como respeitáveis anciãs, admiráveis pela sabedoria de séculos que nelas se acumula. Aqui sente-se a sacralidade do lugar, através do som da brisa através das folhas: estas árvores viram o Senhor, deram-lhe sombra e ar puro, consolaram-n’O na Sua agonia.
Neste espaço, existe a Basílica da Agonia. Ao entrar nesta, encontramos, englobada no chão do templo, uma rocha; aqui o tempo pára; quase que podemos escutar as lágrimas de Cristo a tocarem a rocha.


Via Dolorosa

“Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo,
tome a sua cruz e siga-me.”
(Mc 8, 34)

Seguindo pela Via Dolorosa, percorremos os passos do Senhor até ao Gólgota. Cansado, cheio de dores, mas com um olhar de amor incondicional por todos os que via pelo caminho, Jesus amou-nos a todos até ao fim.


Basílica do Santo Sepulcro


“Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho,
três dias e três noites,
 assim o Filho do Homem estará no seio da terra,
três dias e três noites.
(Mt 12, 40)

Um espaço dividido entre católicos e ortodoxos, cheio de fiéis ansiosos por visitar o lugar onde repousou o corpo do Senhor, onde o Senhor ressuscitou. Neste lugar, podemos tocar o local onde Jesus foi crucificado, ver a fenda na rocha feita na altura da Sua morte, e visitar o Seu túmulo vazio. Quem lá entra sente algo de maravilhoso que não consegue explicar, as lágrimas escorrem do rosto com a emoção de estar no local da Ressurreição!



Basílica da Ascensão


“Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo,
 que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém,
 por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.”
(Act 1, 8)

Um dos locais prováveis da Ascensão, actualmente ao cuidado dos muçulmanos. Sente-se algum pesar verificar que este local, sendo tão precioso para os cristãos, está mal estimado. No entanto, se nos abstrairmos dos condicionalismos do presente, podemos imaginar como terá sido

… a emoção dos Apóstolos ao ver o Senhor vivo e ressuscitado…

… as últimas palavras de Jesus aos Apóstolos,
indicando-lhes a sua missão evangelizadora…

… A Sua bênção e ascensão ao céu,
perante os olhares de admiração e as vozes de louvor dos Apóstolos!


Termino esta pequena e simples partilha sobre a Peregrinação que fiz à Terra Santa. Em Setembro, retomarei a actividade do blog, procurando incorporar novas iniciativas: a Lectio Divina de cada Domingo, e se conseguir, pequenas reflexões sobre o CIC. O Evangelho segundo São Marcos será estudado apenas no começo do Ano Litúrgico B. Desejo a todos umas óptimas férias abençoadas com a paz e amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.