Resume a actividade de Jesus após as hostilidades com os seus adversários.
vv. 7-8: Mostra que nada pode travar o anúncio da Boa-Nova ao povo de Deus e aos pagãos. Por isso, aflui uma multidão vinda de toda a parte.
vv. 11-12: Jesus, Filho de Deus, é reconhecido até pelos demónios, que Jesus proíbe de falar, para manter o segredo messiânico.
Esta passagem dá uma panorâmica sobre as relações de Jesus:
- com a multidão: vem de toda a parte, demonstra a expansão da Salvação, e que nada detém a Boa-Nova de se espalhar;
- com os discípulos: estão sempre com Jesus, acompanham-n’O no barco.
Junto com a passagem seguinte – o chamamento dos Apóstolos – esta parte constitui uma mudança de cena.
Mc 3, 13-19: Escolha dos Doze
Juntamente com a passagem anterior, faz a transição para uma segunda etapa do Evangelho, que decorre da instituição dos Doze até ao seu envio.
Faz o contraste entre Jesus e os discípulos – no monte – e a multidão – no lago, ilustrando as diferenças entre a natureza da relação.
vv. 13: Jesus e os discípulos estão no monte, que mais elevado, sublinha uma relação de maior intimidade; os Doze são constituídos para estarem com Jesus e fazerem o que Ele faz, por isso, o contraste com a multidão - o lugar do monte evoca a aparição de Deus, está ligado com intimidade e oração.
vv. 14: O número “Doze” está ligado ao número das doze tribos de Israel – os Doze Apóstolos serão os doze chefes da nova Israel; esta designação é única em Mc para o colégio apostólico.
vv. 16-19: Os Doze são:
- Simão, chamado Pedro ou Cefas, que significa “pedra” – a mudança de nome assinala uma missão especial;
- Tiago e João, filhos de Zebedeu, Boanerges ou “filhos do trovão”, que significa serem temperamentais;
- André e Filipe;
- Bartolomeu (ou Natanael), que Filipe conduziu ao Senhor (Jo 1, 45-51);
- Mateus e Tomé;
- Tiago, filho de Alfeu;
- Tadeu e Simão, o Cananeu;
- Judas Iscariotes, que será aquele que entregará Jesus.
Mc 3, 20-21: Receios dos familiares de Jesus
Este texto faz parte do conjunto de três passagens (Mc 3, 20-35), em que Jesus é caluniado como “possesso” pelos doutores da Lei e “louco” pelos familiares. Marca uma oposição entre quem reconhece Jesus e segue-o e quem não O reconhece e não O segue.
Os familiares não reconhecem Jesus como enviado de Deus não acreditam n’Ele, em contraste com Maria e os Apóstolos (Mc 3, 31-35 e Act 1, 13-14). A expressão utilizada “para ter mão nele”, mostra esta incompreensão, pois significa trazer Jesus para o seio da tribo: este era o projecto dos familia, pois Jesus estava a ter um comportamento que não era aceite, nem compreendido, nem apoiado pela família.
Mc 3, 22-30: Jesus e Belzebu
Mc 3, 31-35: A família de Jesus
Último texto do conjunto de três passagens sobre a oposição entre a multidão (e os discípulos nela inseridos), que escutam a Palavra de Deus e reconhecem em Jesus a Sabedoria do Pai, e os familiares, que O procuram deter.
vv. 34-35: A fé em Cristo introduz-nos na família de Deus. Escutar e fazer a vontade de Deus faz-nos parte integrante do Seu Projecto, logo da Sua família.
Maria, em especial, é duplamente honrada porque:
- é Sua família por ser Sua mãe, trouxe-O no ventre;
- é Sua família porque O escuta e faz a Sua vontade, logo traz Jesus no seu coração.
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